- Não sei o que me trouxe aqui, mas eu não consigo dormir...
- Ninguém consegue... Bem vindo ao novo mundo, garoto.
- Acho que você sabe apenas um pouco mais do que eu... E agora, o que faremos?
- Não estou muito certo... Mas acho que aquela mulher poderia ajudar.
- Então, devemos segui-la... Posso jurar que já tive essa conversa, e vc?
- É, tenho sentido muito disso ultimamente...
< /hr>
Andando pela calçada em meio a multidão embriagada, eu sabia de algum modo, que não deveria despejar minhas perguntas para ele, estamos a partir de agora, buscando as respostas para as perguntas que ainda não temos. Temos?
terça-feira, 24 de março de 2009
terça-feira, 17 de março de 2009
Auto-confiança
Parecia ser estranho, porém familiar aquele papel aquelas frases. Seria minha vivência cíclica trabalhando novamente? Talvez uma passagem do livro de auto-ajuda outrora em minhas mãos...
Parei de me importar coma origem da frase e passei a procurar o destino da mesma, porque aquela frase estava comigo, e mais ainda, porque me fazia anto sentido ler aquelas palavras difusas? E a estranha moça de cabelos brilhantes e atitude pouco carismática?
Aquele brilho nos meus olhos, não foram minha imaginação, nem efeito do alcool em minhas mãos, do qual ainda não havia nem sequer provado, foi real. Além disso, foi surreal. Um sonho acordado que me fez despertar assim que o vi. Não sei que sonho alucinado foi aquele, mas se acontecesse de novo, demoraria mais para piscar.
Peguei o papel em minhas mãos e reli cuidadosamente as palavras "Vocês trabalham para o destino, vocês são o destino".
Como poderia ser eu o Destino se nem entendia minha mente? Como o Destino me "contrataria" em seu nome, se nem eu confiava mais em minhas percepções ultimamente?
Talvez meu novo amigo que ainda me observa possa me ajudar, talvez ele saiba mais do que eu, talvez ele seja o culpado disso.
quinta-feira, 12 de março de 2009
Olho por olho - Uma nação de cegos.
No instante exato em que atravesssei a porta, tive aquela estranha sensação de já ter vivido aquilo, mesmo sem ter sonhado, sabia que já havia passado por isso. Indiscutivelmente, aquele era o mesmo ponto de vista! Eu sempre tive o que eu chamo de "vivência cíclica". Outros chamam de dèja-vu, eu chamo de redundância! Algumas vezes eu sabia o nome do filme que iria passar, pois já havia pensado nele antes de ver os comerciais, em outras, podia jurar já ter ouvido aquela conversa antes; Fato: isso não me serve de nada, mas eu iria descobrir, que no futuro, saberia conviver com isso.
Me contive a um metro do bar, havia alguém me olhando, parece que eu não tinha passado desapercebido para ele, eu tinha esta mesma idéia, quando percebi que somente eu o havia notado.
- 2 cervejas por favor!! - Seria horrível pensar de mãos vazias.
Não precisei perguntar se poderia me sentar, apenas ofereci a cerveja, então, nos fitamos por algum tempo. Ainda não fazíamos idéia do que estavamos fazendo ali, mas eu sabia que esperar, era a única alternativa.
Nos viramos para a porta meio segundo depois, de seus cabelos ondulados até o ombro, parecia emanar algum tipo de luz opaca, e com certeza, ela era diferente... Mas apenas, diferente das outras pessoas, já que ao que me pareceu ela não foi notada, exatamente como nós, exatamente como nós, ela pareceu nos notar de imediato; mas permaneceu imóvel.
Foi quando quando senti o livro fugir de minhas mãos, ao que me parece em um milésimo de segundo ele estava sob as mãos do borrão, na verdade, um senhor de meia idade, o mesmo borrão que estivera a centímetros da garota com cabelos opacos havia se desviado para apanhar o livro - mais um livro banal de auto-ajuda - que eu havia encontrado semanas antes, em minha mochila. qundo voltei a olhar apra a garota, agora ela nos olhava com fúria, pude ouvir algo como um rosnado ecoando em minha cabeça antes de ela desaparecer novamente pela porta em meio ao amontoado difuso de formas. Quando tornei a me virar para o meu novo "amigo", percebi que seus olhos brilhavam num tom de verde muito sutil, quando ele apontou para a parede de espelhos que estavam a esquerda de nossas mesas precisei piscar, pois a mesma luz fulgurava em meus olhos. Logo depois, conforme meus olhos retornaram ao castanho original, percebi pelo espelho que no lugar da estranha massa, agora, só existiam pessoas, pude ver um senhor confuso, argumentando que aquele livro não estava ali antes.
Ao olhar para mesa e para o meu companheiro, vi a mesma cara de confusão e prazer. Quando baixamos os olhos aonde não havia nada antes, agora sobre a mesa estava um pedaço de papel... "Vocês trabalham para o destino, vocês são o destino".
Agora era real. Eu realmente tinha enlouquecido.
Me contive a um metro do bar, havia alguém me olhando, parece que eu não tinha passado desapercebido para ele, eu tinha esta mesma idéia, quando percebi que somente eu o havia notado.
- 2 cervejas por favor!! - Seria horrível pensar de mãos vazias.
Não precisei perguntar se poderia me sentar, apenas ofereci a cerveja, então, nos fitamos por algum tempo. Ainda não fazíamos idéia do que estavamos fazendo ali, mas eu sabia que esperar, era a única alternativa.
Nos viramos para a porta meio segundo depois, de seus cabelos ondulados até o ombro, parecia emanar algum tipo de luz opaca, e com certeza, ela era diferente... Mas apenas, diferente das outras pessoas, já que ao que me pareceu ela não foi notada, exatamente como nós, exatamente como nós, ela pareceu nos notar de imediato; mas permaneceu imóvel.
Foi quando quando senti o livro fugir de minhas mãos, ao que me parece em um milésimo de segundo ele estava sob as mãos do borrão, na verdade, um senhor de meia idade, o mesmo borrão que estivera a centímetros da garota com cabelos opacos havia se desviado para apanhar o livro - mais um livro banal de auto-ajuda - que eu havia encontrado semanas antes, em minha mochila. qundo voltei a olhar apra a garota, agora ela nos olhava com fúria, pude ouvir algo como um rosnado ecoando em minha cabeça antes de ela desaparecer novamente pela porta em meio ao amontoado difuso de formas. Quando tornei a me virar para o meu novo "amigo", percebi que seus olhos brilhavam num tom de verde muito sutil, quando ele apontou para a parede de espelhos que estavam a esquerda de nossas mesas precisei piscar, pois a mesma luz fulgurava em meus olhos. Logo depois, conforme meus olhos retornaram ao castanho original, percebi pelo espelho que no lugar da estranha massa, agora, só existiam pessoas, pude ver um senhor confuso, argumentando que aquele livro não estava ali antes.
Ao olhar para mesa e para o meu companheiro, vi a mesma cara de confusão e prazer. Quando baixamos os olhos aonde não havia nada antes, agora sobre a mesa estava um pedaço de papel... "Vocês trabalham para o destino, vocês são o destino".
Agora era real. Eu realmente tinha enlouquecido.
terça-feira, 10 de março de 2009
Tentações...
Era tentadora a idéia de nunca mais voltar. Muitas pessoas costumavam utilizar em vão essa idéia, ameaçando seus iguais de ficarem permanentemente sem sua presença. Eu não tenho iguais. Quisera eu ter alguem parecido, com quem eu pudesse compartilhar um pouco do turbilhão que se passa dentro de mim.
Era tentadora também a idéia de fugir, correr sem nem pensar no que minha mente fértil e as vezes maldosa comigo mesmo já me fizera cojitar. Seria uma atitude segura, sensata... Covarde.
A palavra ressoou em minha mente algumas vezes enquanto eu tentava me centrar e observar em volta, procurar o motivo de eu estar atravessando essa dicotomia, o motivo de eu não dormir e não me importar com isso. Ah, como eu queria me importar, como eu queria ter um pouco da sensação de ser como todos, sensação de que meus problemas são normais e não aquele tipo de problema que você usa para chamar a atenção da conversa para você, que você usa para atrair a pena alheia. Pena...Não existe sentimento pior para se ter por alguém, nada rebaixa tanto um ser quando ser motivo de pena. Após uma varredura geral no lugar,meu olhos finalmente fixaram-se e algo, algo que me chamou muita atenção.
O quase começo
Após ler a mensagem de texto que marcava o horário combinado, eu atravessei a rua e fui para o bar, que era o local combinado, aonde finalmente, eu saberia o porquê de ter ficado acordado na noite anterior. Era simplesmente encantador saber que logo eu poderia dormir novamente, embora, eu apenas tinha esperança, sabia que não aconteceria...
Minha insônia me levou até ali, mas na verdade eu estava ali, também por um livro, um livro e uma idéia. A idéia de que a falta de sono, poderia não ser um fardo, mas uma dádiva...
E aqui neste ponto, eu estava exercendo o livre arbítrio parado em frente a porta com letreiro luminoso que dizia "Aberto". Movido mais pela brisa fria da madrugada, do que pelo aspecto grotesco do lugar eu entrei... Algo dentro de mim gritava que aquilo era uma viagem sem volta, e com certeza, também era isso que me empurrava pela porta, a possibilidade de nunca mais voltar.
Minha insônia me levou até ali, mas na verdade eu estava ali, também por um livro, um livro e uma idéia. A idéia de que a falta de sono, poderia não ser um fardo, mas uma dádiva...
E aqui neste ponto, eu estava exercendo o livre arbítrio parado em frente a porta com letreiro luminoso que dizia "Aberto". Movido mais pela brisa fria da madrugada, do que pelo aspecto grotesco do lugar eu entrei... Algo dentro de mim gritava que aquilo era uma viagem sem volta, e com certeza, também era isso que me empurrava pela porta, a possibilidade de nunca mais voltar.
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